segunda-feira, 26 de abril de 2010

História da Ilha do Presídio:

Fatos históricos - A pequena Ilha é um acidente geográfico com 100 metros de extensão por 60 de largura, localizada entre Porto Alegre e a cidade de Guaíba. Entre os anos de 1857 e 1869, o governo construiu ali duas casas para servir de depósito de munição, que era monitorado por um tenente imperial. Também por ter sua ótima localização e uma visão privilegiada, servia para monitorar as embarcações que entravam no canal.

Alguns anos depois, o arsenal foi transferido e a ilha caiu no abandono até que, no final dos anos 60, foi transformada num presídio de segurança máxima com o intuito de abrigar presos políticos. Inclusive estiveram presas ali algumas personalidades que depois vieram a se tornar grandes políticos da cena gaúcha. Por estar situada bem no meio do Guaíba, suas fugas tornavam-se coisas quase que impossíveis.

Vários fatos ficaram marcados na história do presídio, como o caso do policial que veio a falecer na própria ilha e acabou sendo enterrado por lá mesmo. Até pouco tempo atrás poderia ainda ser vista no local onde ele foi enterrado uma cruz e alguns dizeres com o seu nome. Há também a história de existir um poço onde dentro eram jogados os presos que morriam na ilha.

"Caso das mãos amarradas" - Um caso que ficou famoso e que ganhou repercussão foi o do preso político e ex-sargento do exército brasileiro Manuel Raymundo Soares. Em 24 de agosto de 1966, o ex-militar, que cumpria pena no local, foi encontrado morto nas águas do rio Guaíba, com as mãos amarradas e sinais evidentes de tortura. O fato, que ficou conhecido como o "Caso das mãos amarradas", acarretou certa discussão sobre o tratamento dispensado aos presos políticos em solo gaúcho, e resultou na abertura de uma sindicância para apurar a morte do ex-sargento.

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